Prefeita de Ipiaú "corre atrás do tempo perdido" para minimizar prejuízo político e esportivo

Cada ano que passa fica visível a dificuldade de "fazer" futebol no interior da Bahia. Quando é necessário depender das entidades públicas para disputar competições federadas, a nuvem da incerteza e do temor paira sobre os clubes. .

Todos os anos, quando o campeonato baiano está prestes a começar, a angustia acerca das praças onde serão realizados os jogos ocorre. Com exceção da Arena Cajueiro, em Feira de Santana, mando de campo do clube empresa Bahia de Feira, os outros estádios do interior precisam passar por intervenções das suas respectivas prefeituras, o que nem sempre é garantia de melhoria imediata por conta da inercia e da negligência dos gestores municipais, que em muitos casos não têm o futebol profissional e amador como prioridade.

No caso de Ipiaú, cidade do Doce Mel Esporte Clube, esse problema com o estádio ocorre desde que a empresa de polpa lançou a equipe profissional no município em 2008. De lá pra cá, nenhum dos gestores se preocupou em adequar o Pedro Caetano para receber jogos com equipes profissionais.

Agora, na eminencia de ver o time mandando seus jogos fora da cidade e recebendo uma pressão por parte da torcida e até da diretoria do clube a prefeita da cidade, além do fato de 2020 ser ano de eleições municipais, Maria das Graças tem tentado a todo custo, com sua força politica junto ao Governo do Estado, minimizar o prejuízo político que o atraso da reforma do estádio Pedro Caetano pode lhe causar nos próximos meses.

Dessa forma, após ver a direção do Doce Mel pedir e receber sinal positivo do prefeito de Feira de Santana Colbert Martins para a liberação do estádio Alberto Oliveira, além da oferta do estádio Tomatão em Teixeira de Freitas, a prefeita Maria das Graças está buscando minimizar o tempo perdido por sua gestão e pela do seu antecessor no tocante ao estádio municipal para tentar colocar ao menos dois jogos de menor expressão em Ipiaú.

A tão sonhada reforma do Pedro Caetano, já liberada pelo Governo do Estado através da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (SUDESB), até já começou, contudo, as obras seguem a passos lentos. Com pouco mais de cinco (05) operários trabalhando, alguns na preparação para pintura da arquibancada e outros cavando à mão os buracos para a instalação dos postes que vão receber a iluminação, o cenário é de total desilusão com a entrega do estádio.

O Doce Mel estreia no Baianão dia 22 de janeiro contra o Bahia de Feira na Arena Cajueiro em Feira de Santana. A sua estreia como mandante, até o momento, está definida para o estádio de Pituaçu em Salvador, dia 26, contra o Atlético de Alagoinhas.

Equipe Solar Esportes